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Pai… Deus de ilimitada bondade ajuda-me! (…)
Estou sedento do sentimento de mim mesmo. Dize para que serve minha alma, se não para mostrar-me o significado das coisas. Por que tenho asas, se não fui feito para ser livre e voar para longe? Dize-me, Pai, onde está impresso o que devo ser? Para que serve minha essência, a não ser para desvendar meus caminhos?
Vou poder um dia escolher os frutos da terra, dos céus e do mar? Vou ter o meu quinhão em todas as realizações a que aspiro?
Dize-me… Dize-me onde está impresso o que devo ser…
Se fui feito para amar, então há possibilidade para que eu atravesse mares, planícies e montanhas para além de qualquer conto de fadas?
Quero viver numa realidade mais amorosa e humanizada, que jamais discrimina e separa, antes de volta para o bem comum de todas as criações e criaturas. (…)
